PEJI – Altar Sagrado do Samba

A história do samba se confunde com as histórias de negros vindos através de 300 anos de escravidão para o Brasil. Seus costumes e sua cultura influenciaram definitivamente a música popular brasileira e a forma peculiar com que tocamos e nos expressamos musicalmente até hoje. O samba brasileiro é reverenciado no mundo todo, mas para entendermos sua trajetória, precisamos entender sua raíz ancestral e o quanto a religiosidade dos orixás
influenciaram ritmos e gêneros musicais em diferentes países.
A cidade de São Paulo passa a adotar em 1886 o Código de Conduta, no qual negros libertos não podiam mais desenvolver suas atividades e manifestações culturais.
O samba passa por essa transformação. Sendo adotado por diferentes povos, etnias e sotaques, o que demonstra a riqueza da cultura do samba. Esse paralelo se faz essencial para que a história ancestral do ritmo não se perca, mesmo tendo percorrido tantos caminhos “Para cantar samba se precisa muito mais”, já dizia Candeia.
Pretende-se a partir do projeto PEJI – Altar Sagrado do Samba assumir a identidade do samba do terreiro em nosso repertório, desmistificar tabus através da fruição e reconhecer a ancestralidade do samba entendendo que todos os elementos de uma cultura são essenciais para o desenvolvimento da própria música popular brasileira bem como de sua história.
Serão homenageados 7 orixás com sambas inéditos, não gravados e não lançados até o momento, como agradecimento à cultura que embasa, fundamenta e alimenta nossa arte. Cada Orixá tem uma especificidade, uma paramenta, uma cor, um toque de atabaque, um tipo de comida. Serão músicas voltadas a:
– Exu – caminhos abertos e a comunicação.
– Ogum – proteção aos nossos músicos e instrumentos
musicais.
– Oxossi -fartura e sobrevivência através de nossa
arte .
– Obaluaê – saúde e proteção ancestral.
– Iemanjá-sabedoria e fundamento .
– Oxum – amor pelo samba e valorizar as riquezas do
samba e do povo negro.
– Oya -proteção, coragem e caminhos


O Lugar ideal: seria a igreja da Boa Morte, fazendo uma referência ao papel da Umbanda e do cincetrismo religioso como agente preservador da cultura, que mesmo sofrendo alterações resistiu.
Nossa convidada: GLORIA BOMFIM, cantora e grande interprete de musicas voltadas aos panteão de religiões de matrizes africanas , desde o começo de sua carreira. Uma grande expoente da cultura afrobrasileira.

Ficha Técnica:
Roberta Oliveira – voz
Matheus Nascimento – violão e arranjos
Luiz Ribeiro – violão de 7 cordas
Parcio Anselmo – Cavaquinho
Monalisa Madalena – Pandeiro e cuica
Monica Silva – surdo
Gisah Silva – percussão geral, congas e efeitos
Técnico de Som: Gilberto Américo da Silva

Serviço:

  • 19/12 – 20:00h  – SHOW/MUSICAL – Pejin Altar Sagrado do Samba
    • Artistas: Roberta Oliveira & O Bando de Lá recebendo Gloria Bonfim
    • LocalCentro Cultural Vila Itororó (Rua Maestro Cardim, 60 – Bela Vista)
    • Ingressos: Sem necessidade de retirada de ingresso
    • Sujeito à lotação